terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O Uso do Material Didático Impresso (MDI) na EaD, seria uma contradição?

Por Gilmar Ramos

A eficiência do ensino-aprendizado da modalidade EaD por muitas vezes é colocada em “cheque”, principalmente no tocante ao material didático, sendo que este devem apresentar qualidade teórica e referencial, pois, é por meio destes que ocorre o processo de desenvolvimento do ensino, bem como das relações de troca de saberes entre professores e alunos.

Na Educação a Distância (EaD) o material didático, é um dos meio pelo qual se dá a disseminação dos conteúdos e as propostas pedagógicas, tornando-se uma ferramenta idealizada, organizado e elaborado para beneficiar o processo de ensino-aprendizagem.

Portanto, o material didático, especificamente o impresso, isto é, o Material Didático Impresso (MDI), precisa considerar critérios de qualidade como: ser auto-explicativo, ter intencionalidade, diagramação, comunicação, adaptabilidade e legibilidade, para melhor promover a autonomia, a otimização do tempo, consequentemente melhor adaptação do processo de ensino-aprendizagem. Assim, para que esse material alcance um nível satisfatório, precisa estar pautado em critérios de qualidade que possam ser identificados desde a sua gênese até o seu uso e ao mesmo tempo permitir uma avaliação do próprio material.

Em pesquisa realizada em 2006, publicada no Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância do mesmo ano, ficou constatado que cerca de 84,2% do que ocorre no “planeta” EaD utiliza como base o Material Didático Impresso (MDI). Assim, no Brasil a EaD ainda é dominada por esta espécie de mídia, isto devido ao modo cultural brasileiro de ainda preferir o papel (mesmo num século caracterizado pelas políticas de desenvolvimento sustentável). Entende-se por MDI: guias, apostilas, cartilhas, módulos, fascículos, livros didáticos, etc.

Portanto, por se tratar do método da educação a distância EaD subtende-se uma contradição da sua essência. No entanto, predomina muito mais a questão cultural, isto é, a primazia pelo uso papel.

Nenhum comentário: